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Rui Neri analisa a 5ª rodada do Parazão |
Gastando a Bola
[Por: Rui Neri]
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O São Raimundo
perdeu a grande oportunidade de figurar pela primeira vez no G 4. Após estar na
frente por 2 a 0 permitiu o empate do Independente e ainda correu risco de
perder. Saiu no lucro o Pantera com o empate.
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O que faltou ao time
alvinegro? Preparo físico, pois vários jogadores só conseguem correr no
primeiro tempo: preparo psicológico, pois para os três jogadores expulsos
faltou controle emocional, principalmente para Evair que agrediu o árbitro.
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Muitas reclamações
dos jogadores e diretores do São Raimundo contra o árbitro Marcelo da Silva
Ramos. Ainda que ele estivesse mal intencionado, os jogadores do São Raimundo não tinham o direito de agredi-lo.
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Com essa atitude de
Evair e Labilá, quem saiu perdendo foi o São Raimundo que perdeu quase toda sua
defesa: Helder, Evair e Labilá. Com isso o time fica comprometido para a
partida decisiva em casa contra o Cametá na quarta-feira.
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Para a maioria dos
comentaristas esportivos de Santarém, o técnico Nildo Pereira teve uma boa parcela
de culpa no empate (com gosto de derrota) contra o Galo. Para estes, as mexidas
e as orientações para o time se recolher favoreceu ao adversário que foi pra
cima e conseguiu empatar.
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Na minha opinião, a
maior parcela de culpa pelo resultado dessa partida foi do zagueiro Helder. Além
de cometer o pênalti, que não sei se ocorreu ou não, ainda fez uma falta
violenta provocando sua expulsão. Ele deveria
ter mais controle e saber que seria menos ruim para o Pantera sofrer um gol do
que ficar com um homem a menos.
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Com o mesmo número
de jogadores em campo, pelo menos o São Raimundo não levaria o sufoco que levou
e ainda poderia ter um jogador a mais no ataque e tentar a vitória. Mas a
expulsão de Helder proporcionou ao Independente a vantagem de ir com tudo pra
cima e quase venceu.
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Tem gente que afirma
que o árbitro foi bonzinho com o São Raimundo ao anular o terceiro gol do Gao
Elétrico, quando Labilá soltou a bola no pé do atacante. Alegam os “analistas”
que o goleiro é intocável na pequena área. Isso não á regra, o goleiro pode ser
tocado sim desde que não seja falta. Vale a interpretação do árbitro.
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Quem culpou o
árbitro que iria confirmando o terceiro gol do Independente, não conseguiu percebeu
que o auxiliar nº 1 Luis Diego Nascimento
não marcou falta no goleiro Labilá e sim impedimento do atacante que
chutou a bola. Quem conhece regra sabe que as jogadas na área são de
responsabilidade do árbitro central; os auxiliares marcam as laterais e
impedimentos. Foi isso que assinalou Luis Diego. Se estava ou não impedido é
outra questão, mas foi isso que ele marcou. Menos mal para o Pantera.
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Labilá e Evair estão
errados em tentar resolver problemas de arbitragem de forma agressiva. Quem deve
cuidar disso é o departamento jurídico do clube. Afinal, nunca vi um árbitro
desmarcar um pênalti ou um gol depois que o jogo terminar. Calma Labilá, não
pega corda de alguns jogadores e alguns repórteres. Só quem vai perder é você,
o clube e o torcedor que paga para ir ao estádio. Se o torcedor se aborrecer e
não for mais ao estádio, vocês ficarão sem receber seus salários e vales.
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Um dos obstáculos
para o São Francisco na derrota para a Tuna foi o sol escaldante da manhã de
sábado em Belém. Talvez tenham apostado numa chuva (já que sempre chove nesse
horário em Belém) que não aconteceu. Agora que me desculpem o técnico Osvaldo e
a diretoria do Leão, mas vocês não deveriam aceitar essa imposição de jogar
pela manhã.
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Ou será que existe
alguma regra que mande que esse jogo seja realizado pela manhã? Para a Tuna,
tudo bem, eles são acostumados a jogar esse horário, mas para o Leão foi uma
péssima ideia jogar na hora do almoço. O São Francisco perdeu para sua própria
diretoria. Mas é isso mesmo, vivendo e aprendendo.
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Querem minha opinião
sobre o futuro de Leão e do Pantera: os dois devem ir se preparando para o segundo
turno, pois o primeiro já foi. Dificilmente o Leão passa pelo Águia em Marabá e
é muito difícil o São Raimundo ganhar de Cametá e Paysandu, suas duas últimas
partidas.
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Tomara que eu esteja
errado. Até sábado.
[ Rui Neri é professor especialista, jornalista e cronista esportivo há 25 anos]