segunda-feira, 6 de junho de 2011

Política

Deputada Josefina usava empregada doméstica como laranja

A deputada Josefina Carmo (PMDB), responde a procedimento no Ministério Público do Estado por ter nomeado a doméstica Maria Gorete Costa da Silva, residente em Monte Alegre, no Oeste paraense, como servidora “laranja” na Assembléia Legislativa do Estado do Pará. Por 11 meses, foram pagos salários em nome dela no valor de R$1.164,64 entre 2007 e 2008. 

Quem recebia o salário de Gorete, munido de uma procuração reconhecida no Cartório de Serviços Notariais de 2º Serventia, de Monte Alegre, era Juscelino Mendes da Silva, que mora em Belém e trabalha como secretário parlamentar no gabinete da peemedebista, na Alepa.

Informações do MPE dão conta que Gorete não foi a única ”laranja” usada por Josefina. A pescadora Maria de Jesus dos Santos, também residente em Monte Alegre descobriu por acaso, quando tentava receber o seguro-defeso no Instituto de Previdência e Seguridade Social (INSS), que estava empregada na Assembléia Legislativa com as contribuições previdenciárias sendo devidamente recolhidas. 

Quem também recebia o salário por ela, munido de uma procuração supostamente falsificada, era Juscelino Mendes da Silva. Nomeada para o cargo de secretária parlamentar nível 06, ela estava lotada no gabinete de Josefina. A nomeação foi datada de primeiro de março de 2009 e a exoneração de 07 de agosto daquele ano.

Maria Gorete também descobriu por acaso que estava lotada na Alepa. Ela ficou sabendo quando foi buscar informações do INSS sobre aposentadoria. Além da Alepa, ela também teria sido lotada no Hospital Ophir Loyola, em Belém, sem ter conhecimento do que se passava. Durante o primeiro mandato de Josefina como deputada estadual, entre os anos de 2007 e 2010, o PMDB manteve o controle político sobre a Secretaria de Estado de Saúde por boa parte desse período, inclusive, do referido estabelecimento de saúde.

Os documentos que compõem a investigação do MPE trazem a procuração supostamente assinada por Maria Gorete, reconhecida no cartório na data de 26 de maio de 2008. O comprovante de pagamento emitido pelo Banpará apresenta a assinatura do funcionário Juscelino Mendes da Silva e a cópia da procuração anexada. A investigação foi instaurada antes da apuração da serie de fraudes na folha de pessoal da Alepa. 

A ficha financeira da folha de pagamento fornecido ao MPE, por aquela Casa de Leis, informa que Maria Gorete foi nomeada para a Alepa em nove de Janeiro de 2007 para o cargo de secretária parlamentar de nível 05, mas os salários somente começaram a ser pagos em nome dela a partir de setembro daquele ano, no valor de R$ 1.154,64. A doméstica recebeu o mesmo salário ate junho de 2008. A data da exoneração dela é de oito de janeiro de 2008.   
Fonte: O liberal

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