quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Eleições 2014

Apoio do PSD à reeleição de Dilma é formalizado
DE BRASÍLIA
O ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), formalizou ontem apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
"Acreditamos que o melhor para o Brasil é a continuidade do governo Dilma Rousseff", disse Kassab, que reuniu a cúpula de seu partido para definir apoios. Ao lado da própria Dilma, disse que "desde o início" sabia que essa aliança "ia acontecer".
Kassab fez a ressalva de que a sigla terá atuação independente no Congresso, sem adesão formal à base governista.
Segundo ele, o PSD não vai "pleitear nada". O ministro Afif Domingos (Secretaria da Micro e Pequena Empresa) não é tratado como uma indicação partidária, afirmou.
"O partido, para ser do governo, não precisa ter cargos. No futuro governo, caso a presidente se reeleja, essa é a nossa vontade, nós iremos sim participar do governo, inclusive fazendo indicações. Se perdermos, vamos para a oposição", ressaltou.
Com o anúncio, Kassab sinaliza que sua recente rusga com Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, não abalou sua ligação com o PT.
Haddad havia dito à Folha que encontrou uma situação de "descalabro" e "degradação" na prefeitura, referindo-se ao escândalo da máfia dos auditores fiscais do município. Em resposta, Kassab disse que "descalabro" foi o primeiro ano da gestão petista.
Dilma aproveitou sua hora de almoço para ir ao encontro do PSD, uma rara deferência. Em discurso de 30 minutos, afirmou que precisa "muito" do partido de Kassab. Questionada se o apoio é importante para 2014, disse que a aliança é "importante também para a governabilidade".
"Qual é o motivo desse apoio? Eu sou presidenta da República, tenho 13 meses de governo, eu considero que o melhor apoio que podem me dar é o apoio ao governo."
Para a presidente, ela vive uma situação diferenciada. "Todos os demais candidatos que estão querendo a Presidência estão fazendo campanha. Eu tenho uma obrigação: eu tenho de governar."
A aliança em torno da reeleição de Dilma, porém, não incluirá interesses regionais.
"Em São Paulo, o PT vai ter o seu candidato, e o PSD o seu candidato. É uma situação que é pública", disse Kassab, cotado para ser o nome do partido. Sobre Minas Gerais, ele afirmou que não há definição de apoio ao PT ou ao PSDB.

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