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Madeira transportada em toras em Juruti |
Estado vai implantar centro de treinamento florestal em Juruti
A operação é coordenada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (Ideflor), em parceria com a Delegacia Estadual de Meio Ambiente (Dema), Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), Instituto de Terras do Pará (Iterpa), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Polícia Civil e Instituto de Perícias Científicas Renato Chaves.
Desde o último sábado, homens do BPA formaram barreiras na área a fim de evitar a fuga dos madeireiros. Já foram apreendidas seis espingardas, sendo duas de calibre 12, de alto poder de destruição, três motoserras e um caminhão com duas toras de Ipê. Ao longo desta semana outros materiais devem ser confiscados pela operação.
De acordo com o coordenador da operação, Pedro Bernardo, do Ideflor, a partir desta semana a gleba será ocupada pelos órgãos do Estado a fim de garantir a segurança no local. “Um posto policial fixo será instalado nesta gleba para impedirmos a extração ilegal de madeira. Vamos garantir a ocupação desta área de floresta que estava sendo desmatada”, afirma.
A Gleba Curumucuri faz parte do conjunto de cinco glebas conhecido como Mamuru-Arapiuns. O nome faz referência aos dois rios que cercam a região. A área total deste complexo corresponde a 1,312 milhão de hectares, o equivalente a um milhão e trezentos mil estádios do Mangueirão. Diversas comunidades vivem no local, mas a ação predatória tem prejudicado a fauna e a flora da região.
“Ao longo de dois anos observamos a região por meio de imagens de satélite e verificamos uma extração intensa e ilegal de madeira. Esse sistema nos fornece relatórios quinzenais, que destacam as ocorrências de atividades ilícitas, como a exploração de madeira, abertura de pistas de pouso clandestinas, abertura de ramais e desmatamentos. No local há diversos atores, com objetivos diferentes”, assegura Pedro, que identificou a devastação de pelo menos dois mil hectares na gleba Curumucuri.
O coordenador da operação ressalta que o conjunto de glebas é um das mais importantes do Pará, pois conserva o “maior maciço florestal que o Estado possui, em processo de destinação”. A partir de agora, com a retomada da área, no local será implantado o Centro de Treinamento de Manejo Florestal do Estado.
Thiago Melo – Secom
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