quinta-feira, 20 de junho de 2013

Energia elétrica mais perto dos municípios da Calha Norte

Marquinho e prefeitos da Calha Norte cobraram energia
do vice-governador
Uma antiga reivindicação dos habitantes da Calha Norte está um pouco mais perto de se tornar realidade. Trata-se da energia elétrica de Tucuruí para os municípios que ficam à margem esquerda do rio Amazonas. Esse é um dos pleitos definidos pela nova diretoria da Amucan (Associação dos Municípios da Calha Norte) que tem como presidente o prefeito de Juruti, Marco Aurélio. Em reunião realizada em fevereiro em Belém com o vice-governador Helenilson Pontes que respondia pelo governo do Estado na ausência de Simão Jatene, os prefeitos da Calha Norte entregaram a ele um documento reivindicando a energia de Tucuruí.

O pedido surtiu efeito, pois esta semana o vice-governador Helenilson Pontes esteve reunido, na manhã desta quarta-feira, 19, com o presidente e diretores da Celpa para discutir a viabilização do processo de rebaixamento do linhão que conduz a energia produzida pela hidrelétrica de Tucuruí, reivindicação antiga dos municípios da Calha Norte, no oeste do Pará, que até hoje são supridos por usinas termoelétricas, cuja capacidade de geração é insuficiente para a atender a demanda atual.

O presidente da Celpa, Nonato Castro, o diretor administrativo-financeiro e de Relações com Investidores, Leonardo Lucas, e o diretor de Relações Institucionais, Mauro Chaves, participaram da reunião com o vice-governador e asseguraram que o projeto do rebaixamento está pronto, mas aguarda a captação de recursos. A obra tem um custo orçado em R$ 270 milhões e um prazo de execução estimado em três anos.

O projeto faz parte do Plano de Investimentos da concessionária, que está dividido em cinco partes: Calha Norte, interligação do Marajó, entorno da Usina de Belo Monte, melhorias no sistema de distribuição e universalização de energia. De acordo com Helenilson Pontes, o governo do Estado tem todo interesse em garantir a execução desse projeto pela concessionária, garantindo, assim, energia e desenvolvimento aos municípios daquela região.

Localizada ao norte do Rio Amazonas, a região da Calha Norte do Pará tem 28 milhões de hectares, distribuídos entre nove municípios - Alenquer, Almeirim, Curuá, Faro, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Prainha e Terra Santa - e uma população de 320.558 habitantes. Em 2006, o Executivo Estadual criou as Unidades de Conservação Estaduais da Calha Norte do Pará, constituído, assim, como o maior bloco de áreas protegidas do planeta em um único estado, com 22 milhões de hectares.

No ano passado a Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa) iniciou a implantação de um sistema de telecomunicação por rádio, atendendo as cidades da região, o que possibilitará a chegada da internet em banda larga e, consequentemente, a instalação de infocentros para a promoção da inclusão digital por intermédio do programa Navegapará. O governo do Estado também está construindo uma ponte em concreto sobre o Rio Curuá, que possibilitará a fluidez sem interrupção do trânsito pela Rodovia PA-254, o mais importante eixo de desenvolvimento da região. Para isso foram destinados recursos no valor de R$ 11,2 milhões. De acordo com o cronograma da Secretaria de Estado de Transportes (Setran), a obra deverá ser concluída até o final deste ano.

O Rio Curuá separa dois polos regionais estratégicos na região da Calha Norte do Pará: de um lado ficam os municípios de Monte Alegre e Alenquer, e do outro os municípios de Óbidos e Oriximiná. A ponte, que tem 360 metros de comprimento por 8,80 de largura, vai interligar essas cidades e substituirá a ponte de madeira existente, que além das condições precárias, costumava ficar submersa no período da cheia dos rios.

Fonte: Agência Pará

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