Há muitos anos, há uma tradição não escrita na Casa: os partidos com representação na Câmara definem seus candidatos oficiais aos cargos da Mesa de acordo com a proporcionalidade partidária. Dessa forma, a bancada com maior número de deputados indica um nome à Presidência; em seguida a segunda maior bancada indica outro nome ao cargo que deseja, e assim por diante, de modo que todos os partidos sejam representados.
Essa é a chamada lista oficial, de consenso, mas nada impede que outros candidatos se apresentem. São os candidatos avulsos (sem apoio oficial do partido). Por isso, este ano, para o cargo de presidente, quatro candidatos concorriam os deputados Chico Alencar (Psol-RJ), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Júlio Delgado (PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES).
Uma unica vez um candidato avulso venceu a eleição para a Mesa. Foi em 2005, quando Severino Cavalcanti foi beneficiado por uma disputa interna do Partido dos Trabalhadores (PT). O candidato oficial do PT era o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (SP), mas outro petista, Virgilio Guimarães (MG), quis concorrer também e dividiu o partido. A disputa foi para o segundo turno, vencido por Severino Cavalcanti.
Minha intenção é acompanhar a indicação de meu partido e votar nos candidatos oficiais, os deputados Henrique Eduardo Alves (presidente), André Vargas (Primeiro Vice), Fábio Faria (segundo vice), Marcio Bittar (primeiro secretário), Simão Sessin (segundo secretário), Maurício Quintella (terceiro secretário) e Biffi (quarto secretário).
Para quem não sabe, a Mesa Diretora da Câmara é responsável pela direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Câmara. Compõe-se da Presidência (presidente e dois vice-presidentes) e da Secretaria — formada por quatro secretários e quatro suplentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário